10 de outubro de 2024 2:04 pm

Faculdades de MT são denunciadas por cursos de Psicologia à distância

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O curso superior de Psicologia pode ser encontrado em quase 500 universidades por todo o Brasil e está entre uma das graduações mais concorridas em processos seletivos. Mas é bom ficar atento ao fato de que o ensino à distância não é reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC) e os que optam por esta modalidade correm o risco de chegar ao final do curso e não receber o diploma, ficando impedido de atuar na área.

 

O Conselho Regional de Psicologia de Mato Grosso (CRP18-MT) identificou sete faculdades que oferecem o curso à distância no interior do estado, nas cidades de Colíder, Alta Floresta, Pontes e Lacerda, Peixoto de Azevedo, Confresa, Diamantino e Vila Rica.

 

A autarquia alerta os estudantes que, de acordo com o Decreto 5.773/206, a criação de cursos de Direito, Medicina, Odontologia e Psicologia na modalidade à distância só pode acontecer após a aprovação do Conselho Federal da OAB ou do Conselho Nacional de Saúde (CNS), mesmo que façam parte de instituições de ensino já reconhecidas pelo MEC.

 

“Se você pretende fazer Psicologia, é importante saber que esta graduação só existe no formato presencial. Não há, atualmente, nenhuma instituição autorizada pelo MEC a oferecer essa formação a distância”, afirma a presidente do CRP18-MT, Morgana Moura.

 

A autarquia já informou ao Ministério Público Estadual (MPE) e ao MEC sobre a existência destes cursos para que as devidas providências sejam tomadas. Há um alerta também para a sociedade para que não seja lesada e enganada.

 

Vale destacar que, caso a pessoa conclua o curso em uma instituição não regulamentada, ela não estará autorizada a atuar na área e se insistir poderá ser autuada por exercício ilegal da profissão, o que é crime. Isto porque o diploma não terá o reconhecimento do MEC e o formando não conseguirá a carteira de identidade profissional emitida pelo CRP18-MT, que autoriza o profissional a atuar no mercado.

 

Muitas vezes as pessoas recorrem aos cursos à distância devido ao custo ser mais baixo, além da questão do tempo. Porém, a presidente do CRP alerta que esta economia acabará resultando em dinheiro jogado fora, uma vez que o curso não tem validade.

 

“Queremos alertar estas pessoas para que não sejam enganadas por estas instituições educacionais. Muitas vezes elas se inscrevem sem ter o conhecimento da ilegalidade e acabam sendo lesadas no final do curso. O CRP orienta que a própria sociedade nos procure e denuncie, para que possam tomar as devidas providências e inibir este tipo de situação”, comentou.

 

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