Desde a década de 1980, os empreendedores têm recebido maior reconhecimento como impulsionadores do desenvolvimento. Recentemente, vários estudos relataram que o crescimento econômico e a prosperidade a longo prazo exigem a participação do empreendedorismo.
Tanto especialistas como autoridades governamentais optam por fomentar a fórmula como 'um mecanismo apropriado para enfrentar os impactos da crise econômica'.
Nas últimas duas décadas, uma extensa literatura sobre a importância das pequenas empresas na economia mostrou consistentemente que a criação de novos nichos impulsiona a prosperidade financeira. Além de desempenhar um papel crucial no aumento da concorrência dos setores emergentes, novas empresas são essenciais para alavancar a capacidade de inovação em muitas regiões.
A criação de emprego, o crescimento econômico e a redução da pobreza são geralmente os principais interesses políticos frente ao tema.
O que levar dessa lição para o nosso dia a dia? Empreendedores assumem riscos, fazem suas próprias regras. Eles inovam e experimentam, questionando coisas que muita gente considera como garantidas.
O empreendedorismo é, portanto, uma força motriz particularmente devido à natureza inovadora dos seus autores.
Quase parece que os empresários são uma raça à parte. Mas eles não são. Todos nós nascemos com a capacidade de assumir riscos, pensar criativamente e desafiar a maneira cotidiana de fazer as coisas. E por mais absurdo que isso possa soar, todos nós faríamos bem em explorar esses traços tanto em nossas vidas quanto em nossas carreiras, quer trabalhemos sozinhos ou não.
Mentes empreendedoras transformam e desenvolvem comunidades, criam formas de conectar recursos e crescimento entre culturas, contextos políticos, condições econômicas e situações políticas que diferem de uma região para outra.
Em todos os aspectos de nossas vidas, é fácil ficar preso em uma rotina a menos que pensemos de forma inusitada e assumamos alguns riscos. Sem imaginação, por exemplo, a vida familiar pode parecer confinante e limitante – mas, se aplicarmos alguma faísca empreendedora, ela pode se tornar uma aventura em que estamos comprometidos com o desenvolvimento de cada membro da família.
Agora, isso não significa virar sua própria vida de cabeça para baixo. Isso não significa descartar suas formas tradicionais de fazer coisas importantes e inventar métodos inteiramente novos. Significa fazer pequenas experiências nas rotinas, ações sutis que muitas vezes pensamos estarem gravadas em pedra, mas que podem ser mudadas com apenas um pouco de esforço e experimentação – sendo autores da própria história.
Atividades de lazer – artes, esportes, viagens – podem ser mecânicas e rotineiras se nos aproximarmos delas da maneira habitual. Ou podemos experimentar coisas novas, para que desfrutemos do nosso próprio tempo existencial com um entusiasmo renovado.
É importante lembrar de que temos muito a ganhar assumindo novos desafios. Podemos questionar qualquer aspecto de nossas vidas, e imaginar alternativas na base desafiante do empreendedorismo, com riscos sim, mas também com empolgantes conquistas inéditas alcançadas fora da zona de conforto.
Crédito: Pérsio Oliveira Landim, advogado, especialista em Direito Agrário, especialista em Gestão do Agronegócio, presidente da 4ª Subseção da OAB – Diamantino (MT)