Em Parintins (AM), diretor artístico do Flor Ribeirinha representa MT em encontros amazônicos sobre cultura popular

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Trabalho de grupos e mestres de comunidades tradicionais de Mato Grosso, como do Flor Ribeirinha, chamaram a atenção na “terra da magia”.

O trabalho desenvolvido por grupos e mestres vinculados a comunidades tradicionais de Mato Grosso que como o Flor Ribeirinha tem feito a diferença em seu território e conquistado prêmios internacionais chamam a atenção de outros importantes centros de cultura popular do país. Caso de Parintins (AM), conhecida também como a “terra da magia”. É lá que o Caprichoso e o Garantido disputam anualmente o título de melhor boi do Festival Folclórico, tido como o maior evento de folclore a céu aberto do mundo.

E para compartilhar as experiências no âmbito da cultura popular tradicional de Mato Grosso, é que segue para lá, o gestor cultural e diretor artístico da Associação Cultural Flor Ribeirinha, Avinner Silva. No dia 26 de abril, participa a convite, do “Encontro Amazônico de Cultura Popular” e “Movimento Grito da Periferia”. Ambos uma realização do Instituto Cultural Ajuri (INCA), em parceria com a Cia de Artes Amazônia Viva, ocorre de 29 de abril a 1º de maio.

Avinner destaca que o momento é singular, pois os eventos promovem, além de um grandioso intercâmbio cultural, divulgação de estudos e pesquisas sobre o Boi Bumbá de Parintins e de danças do Norte. Com representantes de vários estados brasileiros, terá rodas conversas, oficinas e pesquisa de campo sobre a Alvorada do Boi Bumbá Garantido, evento tradicional da cidade, tendo como público-alvo, grupos de dança, pesquisadores da cultura popular e trabalhadores da cultura da região norte do Brasil. Além disso, o gestor frisa o reconhecimento do poder público na iniciativa, através do apoio da Secretaria de Estado de Cultura de Mato Grosso.

“E o Flor Ribeirinha tem também muito a contribuir. Ao tempo em que cultiva expressões da cultura popular, de danças e músicas tradicionais, como o siriri, promove pesquisas ampliadas de danças de todas as regiões do país”, conta Avinner.

Sobre a proximidade entre as realidades de Parintins e Cuiabá, sob a perspectiva da tradição, ele lembra que a ancestralidade indígena presente na cultura de São Gonçalo Beira Rio é tão marcante quanto em Parintins.

“E além disso, o Festival de Parintins já foi inspiração para gente. Um exemplo é a coreografia ‘Celebração da fé’, do Flor Ribeirinha, que bebe na fonte do trabalho artístico do Boi Bumbá Garantido de Parintins”. Essa é a mesma coreografia que compõe o repertório tetracampeão mundial, conquistado na Coreia do Sul, em 2023. “E já nos contaram que foi juntamente essa apresentação que repercutiu bastante e chamou a atenção de produtores culturais do Amazonas”.

*Vivência e pesquisa*

O gestor cultural e diretor artístico do Flor Ribeirinha, Avinner Silva, é cuiabano nato de São Gonçalo Beira Rio. Vivencia e pesquisa as mais variadas práticas da cultura popular de Mato Grosso e do Brasil. É produtor e gestor Cultural, coreógrafo e diretor artístico.

Neto da Mestra da Cultura e Dra Honoris Causa, Dona Domingas Leonor da Silva, Avinner atua há mais de 20 anos no Grupo Folclórico Flor Ribeirinha. Junto ao grupo, viajou para mais de 20 países e se consagrou tetracampeão mundial de danças folclóricas, sendo na Turquia em 2017, Polônia em 2021, Bulgária em 2022 e Coreia do Sul em 2023. Atualmente é presidente do Instituto Nandaia – Organização Social formada pelos grupos de Siriri consagrados de Cuiabá.

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