De cidade em cidade, Deborah Veneziano, barista e enfermeira especializada em análise sensorial, está promovendo uma verdadeira jornada sensorial através do café especial. Em oficinas dinâmicas e envolventes, ela tem levado aos participantes o encantamento dos grãos de altíssima qualidade, destacando tanto o arábica quanto o robusta amazônico cultivado por indígenas, variedades que ganham cada vez mais destaque no cenário nacional e internacional.
Com uma abordagem lúdica, a barista utiliza seus conhecimentos de enfermagem e sensibilidade ao mundo dos sentidos para guiar os participantes em uma imersão no universo do café. “O café vai muito além do sabor”, afirma Deborah. “Ele envolve a percepção de todos os nossos sentidos, desde o aroma até a textura na boca. Eu ensino os participantes a redescobrirem suas capacidades sensoriais e como elas podem transformar a experiência de degustação.”
A combinação de sua expertise em saúde com a paixão por café resulta em uma metodologia inovadora. Durante as oficinas, propõe uma verdadeira exploração dos cinco sentidos: visão, olfato, paladar, audição e tato. Veneziano ensina como a cor do café pode indicar sua qualidade, como o aroma revela suas nuances e como a textura e o sabor se combinam para criar a experiência perfeita.
Além disso, se dedica a promover uma cultura de apreciação dos cafés especiais, destacando a importância de grãos cuidadosamente selecionados, de uma torra precisa e da técnica de preparo que maximiza as qualidades de cada tipo de café. “A cafeicultura nacional está se destacando no mercado global, especialmente com o robusta amazônico, que tem características únicas e um potencial imenso para a alta gastronomia”, explica.
O robusta amazônico, variedade que cresce nas regiões mais remotas da Amazônia, tem ganhado notoriedade por seu perfil sensorial marcante, com notas que variam de chocolates intensos a frutas tropicais. “É um grão ainda subestimado, mas que, quando tratado com a devida atenção, pode produzir cafés incríveis”, afirma Deborah. Durante as oficinas, ela apresenta aos participantes a diferença entre o robusta e o arábica, destacando as qualidades de cada um, o processo de cultivo e o impacto de cada tipo de café no paladar.
As oficinas, que têm sido realizadas em diversas cidades do país, são momentos de descoberta e conexão com o café de uma maneira mais profunda e sensorial. “É um convite para que as pessoas olhem para a segunda bebida mais consumida no mundo não só como algo do cotidiano, mas como uma experiência completa”.
A especialista em análise sensorial acredita que o café tem o poder de aproximar as pessoas, de criar conexões e, acima de tudo, de transformar momentos simples em experiências memoráveis.
Com seu trabalho, Deborah Veneziano está ajudando a ampliar a percepção de qualidade no universo do café, mostrando que cada xícara pode ser uma verdadeira obra de arte, quando tratada com respeito e conhecimento.
As oficinas pelo Brasil convidam a uma reflexão sobre o consumo consciente e a valorização dos produtores de cafés especiais, especialmente aqueles que cultivam as variedades menos convencionais, como o robusta amazônico. Assim, ao longo de sua jornada, continua a espalhar o encanto do café especial e a ensinar a todos que há sempre algo novo a ser descoberto em cada xícara.

